domingo, 26 de abril de 2009

História do livro














O livro tem aproximadamente seis mil anos de história.
O homem utilizou os mais diferentes tipos de materiais para registar a sua passagem pelo planeta e difundir os seus conhecimentos e experiências.
Os sumérios guardavam as suas informações em tijolo de barro.
Os indianos faziam os seus livros em folhas de palmeiras.
Os maias e os astecas, antes do descobrimento da América, escreviam os seus livros num material macio existente entre a casca das árvores e a madeira.
Os romanos escreviam em tábuas de madeira cobertas com cera.
Os egípcios desenvolveram a tecnologia do papiro, uma planta encontrada nas margens do rio Nilo. As suas fibras, unidas em tiras, serviam de superfície resistente para a escrita hieroglífica. Os rolos com os manuscritos chegavam a 20 metros de comprimento. O desenvolvimento do papiro deu-se em 2200 a.C e a palavra papiryrus, em latim, deu origem à palavra papel.
Neste processo de evolução surgiu o pergaminho, feito geralmente da pele de carneiro, que tornava os manuscritos enormes, e para cada livro era necessária a morte de vários animais.

A MANUFACTURA DO PAPEL
O papel como o conhecemos hoje, surgiu na China no início do século II, através de um oficial da corte chinesa, que o fez a partir do córtex de plantas, tecidos velhos e fragmentos de rede de pesca. A técnica baseava-se no cozimento de fibras do líber - casca interior de certas árvores e arbustos - estendidas por martelos de madeira até se formar uma fina camada de fibras. Posteriormente, as fibras eram misturadas com água numa caixa de madeira até se transformar numa pasta. Mas a invenção levou muito tempo até chegar ao Ocidente.
O papel é considerado o principal suporte para a divulgação das informações e do conhecimento humano. Dados históricos mostram que o papel foi muito difundido entre os árabes, e que foram eles os responsáveis pela instalação da primeira fábrica de papel na cidade de Játiva, Espanha, em 1150, após a invasão da Península.
No final da Idade Média, a importância do papel cresceu com a expansão do comércio europeu e tornou-se produto essencial para a administração pública e para a divulgação literária.
Johann Gutenberg inventou o processo de impressão com caracteres móveis - a tipografia. Nascido, em 1397, da cidade de Mogúncia, Alemanha, trabalhava na Casa da Moeda onde aprendeu a arte de trabalhos em metal. Em 1428, Gutenberg parte para Estrasburgo, onde fez as primeiras tentativas de impressão.
Segundo dados históricos, em 1442, foi impresso o primeiro livro numa prensa. Em 1448 volta à sua cidade natal, e dá início a uma sociedade comercial com Johann Fust e fundam a 'Fábrica de Livros' - nome original Werk der Buchei. Entre as produções está a conhecida Bíblia de Gutenberg de 42 linhas.
A partir daí, o mundo nunca mais seria o mesmo.
A partir do século XIX, aumenta a oferta de papel para a impressão de livros e jornais, além das inovações tecnológicas no processo de fabricação. O papel passa a ser feito de uma pasta de madeira, em 1845. Aliado à produção industrial de pasta mecânica e química de madeira - celulose - o papel deixa de ser artigo de luxo e torna-se mais barato.
As histórias, poesias, contos, cálculos matemáticos, ideias e ideais poderiam, a partir de agora, percorrer mares e terras e chegar às mãos de povos que os seus autores jamais imaginariam.
Mas desenvolver o hábito da leitura é um desafio a ser enfrentado, ainda hoje.

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